Uma pesquisa publicada pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) mostra que mesmo adultos fisicamente ativos tendem a apresentar piora no metabolismo após diminuírem o número de passos diários em um período curto de tempo. O estudo norte-americano avaliou as alterações metabólicas em homens que, por duas a três semanas, diminuíram a quantidade de passos diários de 6 mil a 10 mil para até 1,5 mil. Como consequência da falta de atividade física, os homens avaliados apresentaram diminuição da sensibilidade à insulina, piora do metabolismo lipídico pós-prandial e perda de massa muscular com aumento de gordura visceral.
Mas a quarentena e o distanciamento social também podem trazer outros impactos. Segundo Dr. Antônio Krieger, médico ortopedista especialista em coluna, ficar muito tempo sentado ou deitado pode ocasionar uma série de dores nas costas e afetar, principalmente, a coluna lombar.
“Ao passar muito tempo sentado, a musculatura responsável em estabilizar nossa coluna, principalmente os músculos do abdômen e a musculatura da região lombar, passam a ficar mais relaxados e enfraquecidos, aumentando ainda mais as pressões sobre a coluna, o que facilita a ocorrência de dor”, explica o ortopedista.
A solução, segundo o especialista, é criar o hábito de fazer alongamentos e exercícios com o peso do próprio corpo como alternativa durante a pandemia. Entre estes exercícios estão agachamentos, levantamento terra, abdominais e todas as suas variações possíveis, de acordo com o nível do condicionamento físico de cada pessoa.
“Exercícios de fortalecimento do core – o centro de gravidade do corpo composto por músculos abdominais, lombares, glúteos e oblíquos podem ser realizados por todos as pessoas sem a necessidade de equipamentos ou grandes espaços. Fortalecer esta musculatura, ajuda a sustentar e proteger a coluna”, garante Krieger.
SAÚDE FÍSICA E MENTAL
Exercícios físicos feitos regularmente colaboram para a liberação de hormônios ligados ao prazer, como a endorfina e a serotonina, melhoram a qualidade do sono, aumentam a disposição, aliviam o estresse e a ansiedade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada por semana para adultos.
“Para as pessoas que eram bem ativas fisicamente antes da quarentena, os exercícios em casa ajudam a minimizar a perda de massa magra e condicionamento físico. Já para as pessoas sedentárias, esses exercícios podem gerar até uma melhora na capacidade funcional do indivíduo”, explica o professor de Educação Física, Rafael Ramos.
Fonte: Conselho Federal de Educação Física